segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Condiloma Acuminado ou HPV

O condiloma acuminado é uma lesão na região genital, causada pelo Papilomavirus Humano (HPV). A doença é também conhecida como crista de galo, figueira ou cavalo de crista.

Sinais e Sintomas
O HPV provoca verrugas, com aspecto de couve-flor e de tamanhos variáveis, nos órgãos genitais. Pode ainda estar relacionado ao aparecimento de alguns tipos de câncer, principalmente no colo do útero, mas também no pênis ou no ânus. Porém, nem todo caso de infecção pelo HPV irá causar câncer.

Formas de contágio
A infecção pelo HPV é muito comum. Esse vírus é transmitido pelo contato direto com a pele contaminada, mesmo quando essa não apresenta lesões visíveis. A transmissão também pode ocorrer durante o sexo oral. Há, ainda, a possibilidade de contaminação por meio de objetos como toalhas, roupas íntimas, vasos sanitários ou banheiras.

Prevenção
Não existe forma de prevenção 100% segura, já que o HPV pode ser transmitido até mesmo por meio de uma toalha ou outro objeto. Calcula-se que o uso da camisinha consiga barrar entre 70% e 80% das transmissões, e sua efetividade não é maior porque o vírus pode estar alojado em outro local, não necessariamente no pênis, mas também na pele da região pubiana, períneo e ânus. A novidade é a chegada, ainda em 2006, da primeira vacina capaz de prevenir a infecção pelos dois tipos mais comuns de HPV, o 6 e o 11, responsáveis por 90% das verrugas, e também dos dois tipos mais perigosos, o 16 e o 18, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero. Ainda em discussão os valores para dose (3 doses), para o mercado privado brasileiro.

Na maioria das vezes os homens não manifestam a doença. Ainda assim, são transmissores do vírus. Quanto às mulheres, é importante que elas façam o exame de prevenção do câncer do colo, conhecido como "papanicolau" ou preventivo, regularmente.

Tratamento
O tratamento do HPV pode ser feito por meio de diversos métodos: químicos, quimioterápicos, imunoterápicos e cirúrgicos. A maioria deles destruirá o tecido doente.
http://www.aids.gov.br
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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

30,5% dos brasileiros entre 13 e 15 anos já tiveram relação sexual, mostra IBGE

Pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que 30,5% dos alunos do nono ano do ensino fundamental --jovens com idades entre 13 e 15 anos-- já tiveram relação sexual. Entre os entrevistados, 24% deles disseram não ter usado preservativos na última relação. De acordo com a pesquisa, os garotos são maioria (43,7%) entre os estudantes que disseram já ter mantido relações sexuais.
O IBGE informou que nas escolas públicas foram constatados mais estudantes que já iniciaram a vida sexual (33,1%), quando comparados aos das escolas privadas (20,8%).
A pesquisa consultou 60.973 alunos do 9º ano do ensino fundamental em 1.453 escolas públicas e privadas de todas as capitais e do Distrito Federal. A idade média dos estudantes variou entre 13 e 15 anos --10% tinham mais de 16 anos. Quase 80% dos alunos estudavam em escolas públicas e o restante em particulares. O IBGE estima que 618 mil jovens cursam a 9ª série em todo o Brasil.
Pesquisa
A Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar reúne informações sobre as condições de vida do estudante. É a primeira pesquisa da história do IBGE em que os próprios entrevistados responderam ao questionário nos computadores de mão --geralmente eles respondem as perguntas feitas pelos entrevistadores, que anotam os dados. Segundo o IBGE, isso deu mais privacidade aos estudantes para responderem questões sobre violência, uso de álcool e drogas e comportamento sexual.
(Folha de São Paulo)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A primeira vez

 Foto: Raul Santana
Quem já não imaginou como seria sua primeira relação sexual? Com certeza quase todo mundo. Diversos estudos vêem procurando analisar esse momento marcante na vida de homens e mulheres. Uma pesquisa* realizada na cidade de São Paulo em 2002, revelou que para a maioria dos jovens entrevistados a iniciação sexual ocorreu de forma inesperada (72,7%) e dentro de casa (86,1%).

Esse “fator supresa” pode acabar sendo um complicador, principalmente para os meninos. Afinal, a chance de a relação sexual acontecer de forma rápida, de qualquer maneira, com quem não se tem uma convivência, é muito mais provável para o menino do que para a menina. Na opinião de Sonia Mano, coautora do multimídia Amor e Sexo do Museu da Vida (COC/Fiocruz), o problema do imprevisto e do descontrole é esquecer-se da prevenção.
“Nesta hora, ninguém quer pensar na possibilidade de uma gravidez ou em doenças. É difícil ter a convicção da necessidade de colocar a camisinha ou mesmo de interromper a relação sexual se não tem o preservativo. Quando a pessoa para um instante para pensar, pode muitas vezes, mudar de idéia”, afirma.
A exposição dos adolescentes a doenças sexualmente transmissíveis (DST’s e Aids) é o principal problema das situações inesperadas. A coordenadora de projetos da Ecos Comunicação em Sexualidade, Thais Gava, diz que nos encontros realizados com os jovens é comum eles relataram que não usaram a camisinha porque não esperavam que fossem ter uma relação sexual. “Outra fala comum é a de que confiavam no(a) parceiro(a). Os jovens não têm na sociedade muitos espaços de diálogos sobre a sexualidade e não são estimulados a experimentar e treinar antes de começar sua vida sexual”, adverte.
Além do sexo
Com sede em São Paulo, a Ecos é uma organização que atua na defesa dos direitos sexuais e reprodutivos, em especial de adolescentes e jovens, na perspectiva de erradicar as discriminações relativas a gênero, orientação sexual, idade, raça/etnia, existência de deficiências e classe social. Conforme explica Thais Gava, um dos trabalhos realizados pela ONG é ampliar a percepção do jovem sobre a sexualidade, mostrando que ela não se restringe apenas ao ato sexual da penetração, mas envolve também o beijo, as carícias, a relação afetiva como um todo. “É importante chamar atenção de que os adolescentes podem experimentar sua sexualidade respeitando seu próprio limite e do(a) outro(a)”, afirma.
Outro dado apontado na pesquisa foi uma diferença significativa no comportamento de meninos e meninas no que diz respeito ao tipo de relacionamento com o(a) parceiro(a). Enquanto para a maioria feminina, o início da vida sexual aconteceu durante o namoro ou noivado (86,2%), os meninos apontaram as amigas (47,7%), pessoas recém-conhecidas (15,1%), trabalhadoras do sexo (1,2%) e “ficantes” (3,4%) como suas primeiras parceiras. A iniciação sexual com um(a) namorado(a) ocorreu com apenas 32,6% dos homens.
Para a realização do estudo, foram entrevistados 406 jovens, sendo 222 (54,7%) do sexo feminino e 184 (45,3%) do sexo masculino, na faixa etária entre 15 e 19 anos. Observou-se que quase a metade dos adolescentes de ambos os sexos já havia iniciado sua vida sexual, em média aos 15 anos de idade.
Má educação sexual
A falta de informação de qualidade sobre as questões que envolvem o início da vida sexual é, para Sonia Mano, um dos maiores desafios a ser enfrentado por pais e educadores. Segundo ela, a televisão e as revistas – além dos amigos, igualmente mal informados – acabam sendo as principais referências dos jovens sobre o assunto. Como resultado disso, várias são as dúvidas apresentadas por eles.
“Uma consequência, por exemplo, é que muitas vezes as meninas ficam dependentes dos parceiros para orientá-las. Por dificuldade de acesso a um posto de saúde ou mesmo vergonha, confiam apenas no que eles dizem. E sem prevenção, se expõem a doenças e a gravidez”.
(Patricia Moreira)

http://www.fiocruz.br/jovem/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=4   (Fiojovem)

 

*Pesquisa Início da vida sexual na adolescência e relações de gênero: um estudo transversal em São Paulo, Ana Luiza Vilela Borges e Néia Schor.
Para saber mais:
Camisinha: treine antes!
Ecos Comunicação em Sexualidade 

sábado, 12 de dezembro de 2009

Beijo na boca não transmite o vírus da AIDS

As reações contrárias ao beijo da campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids 2009, mesmo que isoladas, indicam que ainda há um grande caminho para se percorrer sobre o tema do preconceito e da discriminação contra as pessoas soropositivas. Informações incorretas como a de que o beijo transmite o HIV só colaboram para aumentar o estigma que cerca a doença e para negar a essas pessoas o convívio social pleno.
Ao contrário do que alguns veículos de comunicação noticiaram desde o lançamento da campanha, beijo na boca não transmite o vírus da aids. Líquidos corporais, tais como suor, lágrima e saliva concentram apenas anticorpos contra o HIV e partículas virais não infectantes (fragmentos de proteínas virais).
As formas de transmissão do HIV, cientificamente comprovadas até o momento, são por meio do contato direto com fluidos genitais masculinos e femininos (sexo vaginal, anal ou oral desprotegidos), pelo sangue (transfusão de sangue não testado e pelo compartilhamento de seringas e agulhas contaminadas) e pelo aleitamento materno quando a mãe vive com o HIV.
Não existe nenhum caso descrito na literatura científica em todo o mundo que comprovadamente tenha demonstrado que o beijo transmitiu o HIV.
Nesse sentido, as campanhas e ações de prevenção da transmissão do vírus devem ser direcionadas para as reais exposições de risco. Qualquer mensagem que reforce o preconceito contra soropositivos deve ser desmistificada.
Foi com base nessas evidências científicas que o Ministério da Saúde optou por usar o beijo como símbolo da aceitação, do acolhimento e da proximidade, perfeitamente possíveis entre casais sorodiscordantes – quando só um dos parceiros é soropositivo.
http://www.todoscontraopreconceito.com.br