terça-feira, 20 de outubro de 2009

Tabu da Virgindade

MITOS SEXUAIS, podem ser compreendidos como uma idéia falsa sem correspondente na realidade, ou, concepções errôneas e falácias criadas a partir de rumores, superstições, fanatismo ou educação sexual falha. Por exemplo: os mitos criados em relação ao ato de manipular os genitais com as mãos (masturbação) que dizem que cresce pelos nas mãos, espinha no rosto, causa debilidade mental, secura, magreza, impotência, etc.
Os TABUs SEXUAIS são aspectos da sexualidade que a sociedade "não autoriza", ainda não "admite", que de certa forma, não concorda". Alguns exemplos: o sexo anal, o envolvimento afetivo e sexual entre pessoas do mesmo sexo (homossexualidade), a masturbação, a iniciação sexual da mulher antes do casamento, etc.
Essa discussão precisa, necessariamente, perceber como cada mito e cada tabu foram inventados e construídos nas sociedades. Para isso, torna-se imprescindível o conhecimento histórico e político da humanidade e das suas instituições sociais como a Igreja, o Estado, as Leis, a Escola, a mídia.
A VIRGINDADE FEMININA constitui-se num tabu social, uma vez que as sociedades, de um modo geral, proíbem a “defloração” da mulher antes do casamento. Embora não seja uma condição universal, tal tabu apresenta grande alicerce nas sociedades ocidentais, reforçado pelo mito da virgindade como uma virtude. No entanto, em algumas sociedades hindus, indonésias e sul-americanas, as meninas são submetidas a “defloração com o dedo”, ainda na primeira infância.
O emprego do termo defloração deve-se originariamente à idéia de que, com a ruptura do hímen, a mulher perde a “flor da virgindade”.
O tabu da virgindade foi e pode ser considerado, como uma das mais terríveis formas de dominação da mulher – uma expressão do machismo, uma vez que a reduz a mulher a um ‘selo’ virginal (o hímen). A grande influência da religião judaico-cristã sob os costumes e crenças e, sendo o Brasil o maior país católico do mundo, mostra que a origem e a manutenção das idéias sobre virgindade, apresentam inseparáveis relações com os dogmas do cristianismo. Portanto, a manutenção do dogma religioso de virgindade de Maria, pode ser visto como uma condição imprescindível para, não só manter instável a moral sexual no ocidente, como também, legitimar a violência e dominação machista, responsáveis pela coerção aos direitos da mulher, no modelo de sociedade que vivemos --- a patriarcal. Da mesma forma que, em matéria de comportamento, reprimir toda e qualquer forma de vivência sexual que não conduza à procriação.
Como mito, a idéia básica está na crença de que ser virgem significa ser virtuosa, com qualidade moral, ter pureza da alma. A
virtude seria uma condição apenas da mulher que fosse deflorada no casamento, o que conferiria a mulher todo o respeito. É uma idéia que tira a liberdade sexual feminina e confere ao homem-marido, todo o seu poder sobre a esposa; confere aos homens todo o seu poder sobre as mulheres; coloca o casamento como um incontestável destino na vida da mulher (uma conseqüência natural e inquestionável).
Essa relação, das decisões frente a sexualidade feminina estar condicionada ao poder masculino e cultural, foi também institucionalizada e reforçada pelo CÓDIGO CIVIL. Ela precisa ser constantemente revista, em nossa sociedade, a fim de alcançarmos uma maior democracia e igualdade nos relacionamentos afetivos.
FURLANI, Jimena. Virgindade. Disponível em: www.jimena.net.
Acesso em 20 de outubro de 2009.

Um comentário:

  1. Com;
    o leigo quero saber como sei que uma garota ja teve relacao sexual? gostaria saber ver com um pediatra, nao sei ver ela nega, mas tem eviencias

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